segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corrupção: a história e o pobre

Edilson Neves
No Brasil, os pobres são isentos de pagar impostos, e, desta forma estão privados da lição elementar de “cidadania”. Apenas um indivíduo que nunca pagou imposto é capaz de votar num político corrupto, sabendo que ele é corrupto.
- Por que haveria ele de se importar, se o dinheiro que o político rouba não sai de seu bolso?

Um estudioso alemão viajava pelo mundo e coletava sinônimos para "corrupção" na linguagem popular dos países que visitava. Queria, com isso, aferir em que grau a corrupção se encontrava presente em cada cultura. O estudioso alemão encontrou países na África aonde os sinônimos coletados chegam às dezenas. No Brasil, temos tanta variedade de sinônimos de corrupção, como em nenhum outro lugar do mundo.
Aqui, há corrupção dos ricos, e corrupção dos pobres.
Temos a corrupção dos ricos que pode ser chamada de "bandalheira", ou coisa semelhante; mas a corrupção dos pobres tem um único e inconfundível termo para ser chamada: o "jeitinho brasileiro".

Se a bandalheira é, obviamente, deplorável, o jeitinho é visto como tolerável, louvável, até, uma maneira criativa de contornar dificuldades.
Aqui, o poder é alcançado por meio de eleições e de partidos políticos, com financiamentos lícitos e ilícitos, compromissos de cargos, concorrências públicas, etc.

Os políticos não pensam noutra coisa, porque, como dizia Maquiavel, “o desejo de conquistar é uma coisa muito natural e comum, e sempre os homens que o puderem e fizerem serão louvados por isso, ou, pelo menos, não serão censurados”.

E para alcançar e manter o poder, muitas vezes, o político coloca em ação meios não recomendáveis, como, por exemplo, a fraude (corrupção),  a violência ou a total ausência de ética.

- Não esperamos que se dê um passo para eliminar a corrupção no Brasil, enquanto não for percebido que o jeitinho e a bandalheira, na verdade, são a mesma coisa.

edilsonpvh39@hotmail.com 

A VOZ DO POVO

Edilson Neves *


A Voz do Brasil
Se for aprovado um projeto que tramita no Congresso Nacional, o tradicional programa radiofônico A VOZ DO BRASIL deixará de ter transmissão obrigatória no horário das 19 horas. As rádios ficarão liberadas para transmitir o programa oficial dos três Poderes no período entre as 19 horas e 22 horas, em vez da obrigatoriedade das 19h às 20h.

Confúcio não sabe
Reginaldo Silva, que era diretor da Unidade Prisional de Alta Floresta D’Oeste, foi exonerado do cargo por discordar de um valor pago por uma fossa céptica que correspondia quase três vezes mais a um trabalho igual feito em anos anteriores. Reginaldo Silva preocupado por ter que assinar a nota fiscal, que no seu entendimento estava superfaturada, encaminhou documento à SEJUS, e ao Ministério Público. O fato foi denunciado na ALE-RO pelo deputado Jean Oliveira.

Lixo, onde, mesmo?
Como na maioria das ruas da capital – 99,999999% delas – as ruas que circundam o estádio Aluízio Ferreira, não têm lixeiras para os moradores e pedestres descartarem suas inutilidades. Cada vez que há jogo naquela praça, as ruas ficam entupidas de garrafas, papéis, sacolas, pontas de cigarro, restos de lanches, e outras sujeiras que não refletem o que o burgomestre porto-velhense afirma na televisão, em campanha publicitária que impressiona quem não conhece Porto Velho.

Para pensar
“Quem trabalha com dedicação e competência não merece elogios, e nem agradecimento. Merece ser bem pago, e, ter um salário decente, por desempenhar um compromisso que assumiu voluntariamente. Isto serve para empregados, trabalhadores, administradores (públicos, ou não), funcionários, gestores e políticos.”

Peleguismo
O senador Ivo Cassol pergunta aos sindicatos da capital se vão se manifestar em relação às denúncias da TV Globo sobre os remédios superfaturados na Prefeitura de Porto Velho.
- “Onde estão os sindicalistas partidários que também não questionam o porquê de tantas obras paradas, como os viadutos, as Unidades de Pronto Atendimento, escolas, drenagem e asfalto na cidade de Porto Velho? E agora vão falar também sobre as irregularidades na compra de remédios?”, pergunta Ivo Cassol.
O ex-governador rondoniano se refere aos “companheiros petistas encastelados” nestas “entidades sindicais pelegas,” que se fazem de mudas e cegas diante dos descalabros da gestão petista do prefeito petista Roberto Sobrinho.

Oi-iê! ! !
Pela segunda vez no mês, a operadora OI deixou o estado de Rondônia sem internet e sem telefonia. A interrupção do serviço já virou rotina. Pelo menos umas duas vezes por mês, o serviço apresenta falhas e a desculpa da operadora é sempre a mesma: rompimento de fibra óptica. O problema já virou rotina, e é alvo de inquérito do Ministério Público do Acre, que pediu explicações da Anatel sobre as constantes panes no sistema de telefonia e internet nos dois estados.
- É isso aí: o MP pede explicações.
- Mas, ... é só isso? Fica por aí?