Pesquisa
revela que Inatividade física mata mais de cinco milhões de pessoas a cada ano
REALIDADE
Edilson
Neves*
A pesquisa revela qual é o povo mais
preguiçoso do mundo? São os habitantes da ilha de Malta, no Mediterrâneo
central. Com um índice de inatividade física superior a 70%, os malteses
lideram a classificação das nações mais preguiçosas do mundo. O país mais ativo
do mundo é o Bangladesh, com um índice de inatividade de apenas 4,7%.
No Brasil, entre os homens, o
maior sedentarismo foi observado em João Pessoa/PB (47,3%), Natal/RN (46,8%) e
Maceió/AL (43,9%). O menor sedentarismo foi encontrado nas cidades de Boa Vista
(Roraima) (28,6%), Porto Velho/RO (31,7%) e Palmas/TO (33,3%). Entre as
mulheres, as maiores frequências de sedentarismo foram encontradas em
Aracaju/SE (26,5%), Natal/RN (25,4%) e João Pessoa/PB (25%). As menores taxas
são as de Boa Vista/RR (14,6%), Manaus/AM (14,8%) e Porto Velho/RO (16,6%).
“Afinal, um político
preguiçoso
pode contaminar os
funcionários?”
Quando
um servidor não exerce sua tarefa de modo adequado, tem o desempenho abaixo do
esperado ou gera problemas para a organização pública - aí fica muito mais
fácil rotular aquela pessoa de “preguiçosa” do que efetivamente buscar as
causas desse comportamento.
O que acontece na
maioria
das organizações é
uma grande
confusão entre causa
e efeito.
Muitas
vezes, na visão do gestor, o funcionário preguiçoso realiza apenas o “mínimo
necessário” para se manter na organização. O gestor, descontente com o
desempenho do funcionário, pensa que é necessário oferecer uma recompensa (um
estímulo) para que o funcionário realize a tarefa. No entanto, o funcionário,
apenas, realizará a tarefa para receber a recompensa e não porque ele entende a
razão de estar fazendo aquilo que deveria fazer. Uma vez que não houver mais
“recompensas” envolvidas a tarefa não será mais realizada (ou será necessário
aumentar indefinidamente a recompensa para alcançar o mesmo resultado).
Nessa situação existe um conflito
de interesses: o gestor quer que o funcionário realize o máximo de tarefas
possível com o mínimo de recompensa (digo
recursos necessário), enquanto que o funcionário quer receber o máximo de
recursos possível para realizar o mínimo de tarefa necessária.
O empregado só realiza o mínimo
necessário em troca de recompensas.
Oferecer
uma recompensa resolve o problema? Ou vai apenas reforçar a noção já existente
de que a tarefa é maçante, desagradável a ponto de ser necessário um “suborno”
para que ela seja efetivada e pode contaminar os demais?
Segundo
os cientistas, a preguiça é contagiante. Neste caso enquanto o prefeito Mauro Nazif
não superar a preguiça e arregaçar as mangas e começar a trabalhar, Porto Velho
continuará esburacada, sem iluminação pública, sem saúde e segurança e a
população corre o serio risco de ser contaminada.
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Isso sim é causa e efeito. - *(E.N.
é diretor-editor do CORREIO!)