domingo, 25 de setembro de 2011

O tempo não pára

Apesar do inchaço, e, da cidade sem qualquer preparo e sem infra-estrutura, porque mal administrada, por aqui não param de chegar novos moradores.
 A atração causada pela fama de mão de obra fácil e muitas vagas para se trabalhar  trouxe, e continua atraindo gente de vários tipos e regiões do Brasil. Todos em busca do pássaro azul – o imaginário bom lugar para se trabalhar.
Aqui chegaram profissionais qualificados, semi-profissionais e gente sem qualquer profissão. Todos na esperança de um bom emprego nas obras  das usinas, ou nas adjacências de seus resultados dos investimentos das grandes companhias.
 É claro que o movimento também carregou outros tipos profissionais: bandidos, assaltantes e desempregados sem qualificação aproveitaram a onda e vieram conferir o nosso mercado de empregos.
Uma cidade que antes só tinha bairros, não periferias, de repente passa a suportar quase o dobro de habitantes. O inchaço urbano, conseqüência do êxodo rural das últimas décadas, não é privilégio nosso: todas as grandes cidades, capitais ou não, passaram por processos parecidos. Mais gente para cuidar da saúde, andar de ônibus, educar e conquistar empregos.
 A velha e tranqüila Porto Velho, de trânsito calmo, por mais que tente, não consegue segurar a desorganização urbana. O sistemas de transporte urbano que nunca foi tão bom, piora, e suas ruas apinhadas de carros, e motociclos conquistados pelo crédito fácil que o governo oferece para agradar à classe popular emergente estão pondo a capital em risco0. O sonho dos que vieram começa a se desmanchar. A culpa não é da cidade, é do excesso de gente que chegou de uma hora para outra. Se, pelo menos, tivéssemos um Poder Público (municipal) interessado em resolver tantas mazelas, as esperanças não estariam se esvaindo.

Já se tornou impensável passear pelos nossos parques, áreas verdes e ruas – tão mal-cuidados -  porque a ameaça dos assaltos e dos incômodos da falta de educação nos amedrontam até em plena luz do dia.
Ficar reclamando não dá; o que podemos fazer é aceitar o fato e misturarmo-nos mais com os que aqui chegaram e tratar de reinventar uma nova cidade.
A prefeitura é paga por nós para pensar sempre a melhor forma de organizá-la. 

GOSTEI MUITO

Durante seu discurso na abertura da 66ª Assembléia Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff foi direta e não poupou os países desenvolvidos quando falou sobre a crise econômica mundial. O Brasil espera linha dura da presidentA, a nossa “dama de ferro”.

PIORES DO BRASIL
A nossa rodovia BR-364 tem dois trechos em Rondônia incluídos entre os piores do Brasil: o trecho que liga Cacoal a Presidente Médici é considerado a sétima pior do Brasil e a ligação entre Ji-Paraná e Ouro Preto D’Oeste ocupa a oitava posição.
Rondônia é um dos estados brasileiros, junto com Piauí e Ceará, que aumentou a extensão de quilômetros em situação precária. Antes eram 37 quilômetros de estradas consideradas ruins, e, agora são 42.


RAZÃO DE ROGERS
“Não é possível legislar em prol da liberdade dos pobres, legislando de forma a cortar a liberdade dos ricos. Tudo que uma pessoa recebe, sem que tenha trabalhado, virá necessariamente do trabalho de alguém que não receberá por isso. Um governo não pode dar algo a quem quer que seja, que este mesmo governo não tenha tirado antes de outra pessoa. Quando metade da população de um país entende que não precisa trabalhar, porque a outra metade da população cuidará e proverá por ela, a metade que se vê obrigada a prover a outra entenderá que não adianta trabalhar, porque o fruto de seu labor não será seu”.  (Aldrin Rogers/pastor batista).
- E, esse, meu amigo, é o fim de qualquer nação. Não há como multiplicar a riqueza pela subtração.


FIDELIDADE AO PATRÃO
Um promotor de vendas da Volpar Refrescos S.A., distribuidora das cervejas Kaiser e Sol, vai receber 17 vezes sua remuneração de indenização por danos morais por ter sido demitido após ser surpreendido por superiores bebendo cerveja Skol, marca considerada concorrente da Kaiser. A sentença é da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho.


URGÊNCIA
Não posso deixar de dizer que se o Brasil não fizer reformas estruturais objetivas e corajosas, desconcentrando os poderes, os recursos e as decisões políticas para um verdadeiro federalismo pleno das autonomias estaduais e municipais, vai ficar sempre como espectador, como sempre foi à mercê das sístoles e diástoles de cada país, de cada região. A continuar assim, logo veremos a Bolívia nos surpreender.
 

PONTO FINAL
“É preciso saber lutar como um leão; mas lutar por sonhos que valham a pena”, como disse o  meu compatriota Roberto Shinyashiki, que é médico-psiquiatra, conferencista, empresário e escritor brasileiro.