terça-feira, 1 de novembro de 2011

ERRO DÁ SORTE

Um erro de redação na sentença de cassação do mandato do deputado estadual paranaense Bernardo Carli foi usado pela Assembléia Legislativa o mandato do parlamentar. O equívoco foi no voto do juiz Marcelo Malucelli, do TRE-PR, que determinou a perda da vaga de “suplente de deputado federal Bernardo Carli”.
Após a leitura em plenário do ofício pelo presidente da ALE-PR, um deputado levantou uma questão de ordem recomendando que o caso fosse enviado para a Procuradoria para análise do caso. O pedido foi acatado: “Vale o que está escrito”, sentenciou o relator.
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AH, SE FOSSE AQUI...
Quanta gente (gente, de verdade!) – políticos, secretários de estado, ministros, desembargadores, e, principalmente, deputados, governadores, prefeitos e vereadores, e, até jornalistas - fala/escreve CIDADE, quando é município; País, quando é país; Governo, quando é governo; ou Estado, quando deveria ser estado – em caixa baixa. Mas, a burrice nem os deixa perceber...

DIZEM ELES:
- O prefeito da cidade – ERRO CRASSO: cidade não tem prefeito – este é do MUNICÌPIO.
- O nosso estado... – Estado com inicial maiúscula só se indicar a entidade de direito público administrativo. Assim, também Município, e País.

PIOR, AINDA
- O deputado Fulano, de Ji-Paraná. Desde quando Ji-Pa tem deputado? Que eu saiba, aquele importante município tem vereadores...
- Me consta que o Estado é que tem deputados. Veja, aqui, de novo a maiúscula do Estado!

E, O PROFESSOR?
E, aquele lema do prefeitão da capital rondoniana “PORTO VELHO, Cidade de Todos”?
Quando os munícipes do interior do município de Porto Velho perceberem essa barbaridade do professor Roberto Sobrinho - se forem astutos - vão pedir a cabeça do burgomestre na Justiça Eleitoral.

POR FALAR NISSO
Por que nossa televisão e rádios não informam, ao final das propagandas, e, após o texto, qual é a localidade/cidade da empresa anunciada?
O locutor dizer, apenas, Rua Tal, número tal, CENTRO, não basta. Se eu estiver em Candeias, por exemplo, vendo tevê, e não conheço a região, posso pensar que a loja citada está situada naquela cidade.

MAU NÃO É MAL
Mau: é o contrário de bom (adjetivo) e acompanha ou se refere a um substantivo: o lobo-mau comeu a vovozinha.
Mal: é o contrário de bem (advérbio) e se refere a um verbo: passei mal no colégio.

ASSIM, TAMBÉM
ONDE - aparece em verbos estáticos (parados) ou dinâmicos que pedem preposição em: onde ficou o menino? (Quem fica, fica “em” algum lugar). Onde andavam as crianças? (Quem anda, anda “em” algum lugar).
AONDE – se deve empregar exclusivamente em verbos de movimento que pedem a preposição “a”. Note-se que a própria palavra já começa com “a”: aonde foram os meninos? (Quem vai, vai “a” algum lugar). Aonde chegaram os meninos? (Quem chega, chega “a” algum lugar)

CONCLUSÃO
Devemos ter, sempre, em mente que a norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E, justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas.
Devemos, pois, preservá-la. (Antes que os modismos estrangeiros tomem conta da nossa língua vernácula).... E, a última flor do Lácio seja deglutida por invasores da nossa cultura gramatical.