segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Peça Teatral "Demagogia"

Opinião 
O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), tomou posse nesta quinta-feira (01). Em seu discurso o chefe do executivo estadual disse que tem como meta o aumento na produção de alimentos.
Posse
Confúcio Moura e a esposa, Maria Alice
A cerimônia de posse do governador reeleito Confúcio Ayres de Moura e o vice-governador eleito Daniel Pereira(PSB), foi no Teatro Estadual Palácio das Artes, em Porto Velho. Em seu discurso o governador destacou os investimentos feitos na área da habitação, que serão quase 30 milhões em investimentos. Segundo ele “Em 25 anos, nunca houve tantos investimentos em habitação”.
Produção de alimentos
Confúcio elegeu como meta o aumento na produção de alimentos. “Queremos obter uma safra de 4 milhões de sacas de café, aumentar o nosso rebanho e expandir a produção de soja, milho e feijão. Os bancos de fomento estão oferecendo bilhões em investimento e as 24 agências do Banco do Povo estão oferecendo crédito bom e barato”.
Água e Esgoto
O governador reeleito falou sobre as políticas públicas realizadas na primeira gestão. Entre os investimentos realizados ao longo dos últimos anos, citou que a Caerd, por exemplo, tem em caixa mais de R$ 1 bilhão e 280 milhões para água e esgoto.
Segundo Confúcio, seu Governo foi um dos que mais investiu no esporte e cultura, e um “exemplo é esse teatro”. Disse que a administração investiu 18 milhões em reforma de praças, reforma no Claudio Coutinho. Prometeu a revitalização para esse ano do estádio Aluízio Ferreira. Para a educação, afirmou que não irá construir grandes escolas, mas padronizar as atuais e “salvar a maior riqueza de Rondônia, que são os jovens fora da sala de aula”.
Títulos
Ele falou ainda sobre a entrega de títulos dos imóveis rurais. Segundo ele foram quase 40 mil entregues, além dos títulos urbanos, que devem chegar a outros 30 mil - na capital mais de 20 mil.
Saúde e Educação
Também destacou os investimentos na saúde, e educação, asfaltamento urbano e no setor produtivo. Disse ainda que vai construir 20 Km de beira rio e mais uma vez prometeu construir uma rodoviária na capital.
Durante o discurso o governador Confúcio Moura disse ainda que já autorizou ao Secretário de Segurança e Defesa, Antônio Reis que secretários e assessores sejam “grampeados”, com o objetivo de saber o que acontece na gestão pública e não ser surpreendido com operações da Polícia Federal.
“Prefiro ser fiscalizado a cada dia pelos nossos delegados do que ver a Policia Federal agir em nosso Estado”, afirmou.
Juramento
Foi impressionante ver o discurso do chefe do poder Executivo Estadual rondoniense. Ao ser empossado, Confúcio Moura fez o juramento de cumprir as Constituições Federal e Estadual e zelar pelo povo de Rondônia. "Assim eu prometo", disse o governador ao ser empossado no seu segundo mandato de governador. Detentor de curso superior e metido a filosofo, ao discursar Confúcio Moura simplesmente se contradiz e passa por cima do seu próprio juramento de cumprir as Constituições Federal e Estadual e zelar pelo povo de Rondônia.
Grampos
Em seu discurso Confúcio disse claramente que já determinou às autoridades de segurança pública do Estado que monitorem e grampeiem os membros do Governo, inclusive ele mesmo, e que usem a estrutura da Polícia Civil para evitar a ilegalidade. Esses grampos e monitoramento, segundo a fala do governador, se estenderiam a todas as áreas governamentais. Antes dessa declaração ele considerou que mesmo fazendo tudo certo, o governante, qualquer que seja ele, será de qualquer forma processado por seus atos no futuro.
Contradição
Ao anunciar a ilegalidade, Confúcio se contradiz e está deixando de observar a Constituição Federal, que trata da inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, ação que é competência exclusiva de juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Rondônia. Ao determinar que telefones sejam grampeados, Confúcio viola normas exclusivas do judiciário, e assim mesmo dentro de critérios bastante rigorosos previstos em lei.
Discurso
O confuso discurso do filosofo Confúcio Moura deixou latente seu inconformismo por ter sido detido e levado coercitivamente (à força) à sede da Superintendência da Polícia Federal, durante o desenrolar da Operação Platéias.
Acredito que tudo isso não passe de um retórico e demagogo discurso de alguém que está sendo investigado.
Demagogia
Palavra que vem do grego “demos”, povo, e “agogos”, o que conduz. o que guia. Originalmente, o demagogo é o condutor do povo. Mais tarde, surgiram os falsos líderes, chefes de facções, aproveitadores que atraíam multidões com promessas grandiosas e irrealizáveis. A palavra, com isso, adquiriu sentido pejorativo.
A demagogia é a artimanha de enganar o povo por meio de conversa sedutora, de discurso empolgado, atraente, mas que, infelizmente, ficará apenas nas palavras, longe da realidade e da prática. Ainda prolifera, mesmo nos dias de hoje, por causa da ignorância e da desinformação do povo.
Democracia

Do grego “demos” povo “krátos”, poder, força, autoridade. É o governo do povo, com o povo, para o povo. Para dirigentes autoritários, a democracia pode lhes parecer invenção dos demônios e não dos gregos. Para eles é complicado dar voz e vez a todos e submeter-se à vontade da maioria. A democracia verdadeira só existe com cidadãos livres, conscientes, participativos e com o pleno domínio e conhecimento da realidade em que estão inseridos. Não se pode mascarar a democracia com a ignorância do povo. O caminho é a educação que liberta e abre horizontes.
O poder segundo Aristóteles
Pioneiro em várias áreas do conhecimento, o pensador grego não ficou apenas filosofando sobre qual seria a forma ideal de governar: pesquisou muito até achar o regime que, na prática, funcionava melhor.
Muita gente tem tanta aversão à política que, ao ler essa palavra, vai pular correndo para a próxima matéria. Atualmente, essa atividade está tão comprometida por seus profissionais que não há como não dar um pouco de razão a quem sofre dessa alergia. Como tantas outras palavras correlatas (“monarquia”, “tirania”, “oligarquia” e “democracia”), o termo “política” foi criado na Grécia antiga. E, já naquela época, a desilusão com os políticos era grande. Por isso, os gregos fizeram questão de tentar entender como um negócio cujo principal objetivo é alcançar o bem coletivo pode dar tão errado.
Um dos mais importantes filósofos gregos a encarar essa tarefa foi Aristóteles, discípulo de Platão. Ele freqüentou praticamente todos os ramos do que hoje convencionamos chamar de “saber” (e até fundou alguns deles): da vida dos animais à astronomia, do modo correto de produzir e de organizar as idéias até os segredos da eficácia de uma peça de teatro. Em Política, o filósofo grego ocupou-se em descrever as mais variadas formas de convivência humana sob um governo comum. Mais do que isso, ele também tenta responder a inúmeras indagações: quais formas de governo são as melhores? Por que ocorrem as revoluções? O que fazer para evitá-las? Que papel deve exercer a educação na melhoria dos cidadãos? Quais as características físicas e sociais de uma cidade ideal?
Demagogia
No “Reino da demagogia”, os equívocos que constroem uma retórica demagoga reiteram uma prática discursiva como forma de atuação política na qual existe um claro interesse em manipular ou agradar a população, sob leituras meramente eleitoreiras, onde “mentiras bárbaras” ou outras vantagens correlacionadas visam manipular a maioria pelo uso de aparentes argumentos, segundo os quais, aquilo que “é” é descaradamente substituído por “aquilo que deve ser”. Sim, porque das duas uma: ou o Rei está a enganar os súbditos, ou então o Rei pensa que tem tranças, mas, na verdade é careca.