Opinião
O governador de Rondônia, Confúcio Moura
(PMDB), tomou posse nesta quinta-feira (01). Em seu discurso o chefe do
executivo estadual disse que tem como meta o aumento na produção de alimentos.
Posse
Confúcio Moura e a esposa, Maria Alice
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Produção
de alimentos
Confúcio
elegeu como meta o aumento na produção de alimentos. “Queremos obter uma safra de 4 milhões de sacas de café, aumentar o
nosso rebanho e expandir a produção de soja, milho e feijão. Os bancos de
fomento estão oferecendo bilhões em investimento e as 24 agências do Banco do
Povo estão oferecendo crédito bom e barato”.
Água e Esgoto
O governador reeleito falou sobre as
políticas públicas realizadas na primeira gestão. Entre os investimentos
realizados ao longo dos últimos anos, citou que a Caerd, por exemplo, tem em
caixa mais de R$ 1 bilhão e 280 milhões para água e esgoto.
Segundo
Confúcio,
seu Governo foi um dos que mais investiu no esporte e cultura, e um “exemplo é
esse teatro”. Disse que a administração investiu 18 milhões em reforma de
praças, reforma no Claudio Coutinho. Prometeu a revitalização para esse ano do
estádio Aluízio Ferreira. Para a educação, afirmou que não irá construir grandes
escolas, mas padronizar as atuais e “salvar a maior riqueza de Rondônia, que
são os jovens fora da sala de aula”.
Títulos
Ele
falou ainda sobre a entrega de títulos dos imóveis rurais. Segundo ele foram quase
40 mil entregues, além dos títulos urbanos, que devem chegar a outros 30 mil - na
capital mais de 20 mil.
Saúde e Educação
Também
destacou os investimentos na saúde, e educação, asfaltamento urbano e no setor
produtivo. Disse ainda que vai construir 20 Km de beira rio e mais uma vez
prometeu construir uma rodoviária na capital.
Durante o discurso o governador Confúcio
Moura disse ainda que já autorizou ao Secretário de Segurança e Defesa, Antônio
Reis que secretários e assessores sejam “grampeados”, com o objetivo de saber o
que acontece na gestão pública e não ser surpreendido com operações da Polícia
Federal.
“Prefiro
ser fiscalizado a cada dia pelos nossos delegados do que ver a Policia Federal
agir em nosso Estado”,
afirmou.
Juramento
Foi
impressionante ver o discurso do chefe do poder Executivo Estadual rondoniense.
Ao ser empossado, Confúcio Moura fez o juramento de cumprir as Constituições
Federal e Estadual e zelar pelo povo de Rondônia. "Assim eu prometo", disse o governador ao ser empossado no
seu segundo mandato de governador. Detentor de curso superior e metido a
filosofo, ao discursar Confúcio Moura simplesmente se contradiz e passa por
cima do seu próprio juramento de cumprir as Constituições Federal e Estadual e
zelar pelo povo de Rondônia.
Grampos
Em seu discurso Confúcio disse claramente que
já determinou às autoridades de segurança pública do Estado que monitorem e
grampeiem os membros do Governo, inclusive ele mesmo, e que usem a estrutura da
Polícia Civil para evitar a ilegalidade. Esses grampos e monitoramento, segundo
a fala do governador, se estenderiam a todas as áreas governamentais. Antes
dessa declaração ele considerou que mesmo fazendo tudo certo, o governante,
qualquer que seja ele, será de qualquer forma processado por seus atos no
futuro.
Contradição
Ao anunciar a ilegalidade, Confúcio se
contradiz e está deixando de observar a Constituição Federal, que trata da
inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, ação que é competência
exclusiva de juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Rondônia. Ao
determinar que telefones sejam grampeados, Confúcio viola normas exclusivas do judiciário,
e assim mesmo dentro de critérios bastante rigorosos previstos em lei.
Discurso
O confuso discurso do filosofo Confúcio Moura
deixou latente seu inconformismo por ter sido detido e levado coercitivamente
(à força) à sede da Superintendência da Polícia Federal, durante o desenrolar
da Operação Platéias.
Acredito
que tudo isso não passe de um retórico e demagogo discurso de alguém que está
sendo investigado.
Demagogia
Palavra que vem do grego “demos”, povo, e
“agogos”, o que conduz. o que guia. Originalmente, o demagogo é o condutor do
povo. Mais tarde, surgiram os falsos líderes, chefes de facções, aproveitadores
que atraíam multidões com promessas grandiosas e irrealizáveis. A palavra, com
isso, adquiriu sentido pejorativo.
A demagogia é a artimanha de enganar o povo
por meio de conversa sedutora, de discurso empolgado, atraente, mas que,
infelizmente, ficará apenas nas palavras, longe da realidade e da prática.
Ainda prolifera, mesmo nos dias de hoje, por causa da ignorância e da
desinformação do povo.
Democracia
Do grego “demos” povo “krátos”, poder, força,
autoridade. É o governo do povo, com o povo, para o povo. Para dirigentes
autoritários, a democracia pode lhes parecer invenção dos demônios e não dos
gregos. Para eles é complicado dar voz e vez a todos e submeter-se à vontade da
maioria. A democracia verdadeira só existe com cidadãos livres, conscientes,
participativos e com o pleno domínio e conhecimento da realidade em que estão
inseridos. Não se pode mascarar a democracia com a ignorância do povo. O
caminho é a educação que liberta e abre horizontes.
O poder
segundo Aristóteles
Pioneiro em várias áreas do conhecimento, o pensador
grego não ficou apenas filosofando sobre qual seria a forma ideal de governar:
pesquisou muito até achar o regime que, na prática, funcionava melhor.
Muita gente tem tanta aversão à política que,
ao ler essa palavra, vai pular correndo para a próxima matéria. Atualmente,
essa atividade está tão comprometida por seus profissionais que não há como não
dar um pouco de razão a quem sofre dessa alergia. Como tantas outras palavras
correlatas (“monarquia”, “tirania”, “oligarquia” e “democracia”), o termo
“política” foi criado na Grécia antiga. E, já naquela época, a desilusão com os
políticos era grande. Por isso, os gregos fizeram questão de tentar entender
como um negócio cujo principal objetivo é alcançar o bem coletivo pode dar tão
errado.
Um dos mais importantes filósofos gregos a
encarar essa tarefa foi Aristóteles, discípulo de Platão. Ele freqüentou
praticamente todos os ramos do que hoje convencionamos chamar de “saber” (e até
fundou alguns deles): da vida dos animais à astronomia, do modo correto de
produzir e de organizar as idéias até os segredos da eficácia de uma peça de
teatro. Em Política, o filósofo grego ocupou-se em descrever as mais variadas
formas de convivência humana sob um governo comum. Mais do que isso, ele também
tenta responder a inúmeras indagações: quais formas de governo são as melhores?
Por que ocorrem as revoluções? O que fazer para evitá-las? Que papel deve
exercer a educação na melhoria dos cidadãos? Quais as características físicas e
sociais de uma cidade ideal?
Demagogia
No “Reino da demagogia”, os equívocos que constroem
uma retórica demagoga reiteram uma prática discursiva como forma de atuação
política na qual existe um claro interesse em manipular ou agradar a população,
sob leituras meramente eleitoreiras, onde “mentiras bárbaras” ou outras
vantagens correlacionadas visam manipular a maioria pelo uso de aparentes
argumentos, segundo os quais, aquilo que “é” é descaradamente substituído por
“aquilo que deve ser”. Sim, porque das duas uma: ou o Rei está a enganar os
súbditos, ou então o Rei pensa que tem tranças, mas, na verdade é careca.