segunda-feira, 15 de julho de 2013

OPINIÃO

IMPORTAÇÃO
Já que querem importar médicos, não dá para abrir um pouco mais o leque, e importar, também,  políticos honestos? Claro que este segundo profissional deve ser em caráter de extrema urgência.

MÁRIO PORTUGUÊS
O empresário Mário Português garantiu que não é candidato a cargo algum que precise se mudar do Estado de Rondônia, isto é, não vai disputar cargos para Câmara Federal e nem para o Senado. Por outro lado, Português disse que poderá ser candidato “a alguma coisa”. Completou que “só o futuro dirá”. E, mais: ainda não escolheu um novo partido para se filiar.


NÃO DECOLA
Um governo (país) que sediou a Copa das Confederações vai sediar Copa de Futebol do Mundo, e as Olimpíadas, e seus aeroportos não figuram entre os 100 melhores do mundo, prova que a administração do PT, com seus corruptos aliados não decolou.
- Anda fazendo vôos às cegas...


RADICAIS PACIFISTAS?
Mais de 35 mil pessoas participaram de protestos na capital paulista, e aproveitando-se do impedimento da polícia para agir, grupos de baderneiros aproveitaram para roubar lojas, e mercados. Mas, a turma do deixa-disso quer explicar que as manifestações revelam insatisfação da população com a corrupção e os políticos.
- Eu, porém, prefiro crer que são baderneiros, desocupados e aproveitadores, mesmo!


RO É ASSIM
Televisões, drogas, celulares, armas artesanais, entre outros materiais “fabricados” pelos detentos, foram retirados dos presídios de Porto Velho (RO). Até televisores de 42 polegadas foram encontradas, além de geladeira, armas e outros objetos.
Só para a minha curiosidade: quem foi o mágico que introduziu tudo isso na cadeia, sem ninguém ver?

DINHEIRO TEM
A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou, neste ano, vários projetos encaminhados pelo governador Confúcio Moura, solicitando abertura de crédito suplementar por excesso de arrecadação e superávit financeiro.
Daí eu quero entender como não há dinheiro para serviços, obras, e AUMENTO salarial de funcionários estaduais.
- Péraí! Para bonificar magistrados, secretários, e aspones, tem. Tudo bem... já entendi.

DESARMAMENTO
Em 2005, um plebiscito manteve a possibilidade da venda de armas e munições no Brasil dentro das restrições previstas em lei. Na época, 64% dos brasileiros rejeitaram a restrição por completo. Adaptar à legislação à vontade da população é o argumento usado agora para revogar o estatuto do desarmamento. Câmara federal está estudando a liberação da compra de armas, que já foi discutida nas comissões, e permite a venda para qualquer brasileiro com 25 anos ou mais, sem antecedentes criminais. Mas, o porte de armas continuará restrito.
Não é uma idiotice poder comprar, mas, não poder usar? Nos países civilizados, a nota de COMPRA já é uma autorização de porte... Sem burocracia.

MUITO OBRIGADO
Não gosto de usar esta coluna para desabafos da minha intimidade pessoal, mas, desta vez não posso me furtar de externar meu agradecimento à solidariedade que recebi de (alguns) colegas por ter sido ameaçado por um forasteiro candeiense que quer cercear nossa liberdade de imprensa. É pena que somente alguns sites e jornais se manifestaram em minha solidariedade.
Recebi uma montanha de e-mails de pessoas que se solidarizaram comigo em face da agressão verbal, que evidenciamos na edição passada deste jornal CORREIO!

SÓ UM
De Rondônia, apenas o senador Acir Gurgacz se posicionou a favor de projeto de lei do Senado que impede que senadores nomeiem parentes para seus gabinetes. Também, contra reeleição (futura) em todos os níveis. Cassol, e Valdir, EVIDENTEMENTE, foram contra na votação.
- Por que será, hein? Hein?

PARA PENSAR

“A maioria dos órgãos públicos não fomenta a diferenciação. Um servidor público pode trabalhar durante quarenta anos, nunca superar as expectativas nem contribuir para os resultados, e ainda assim receber aumentos anuais. Além disto, não se pode falar ou agir com franqueza nos órgãos públicos, sem ficar estigmatizado. É um mundo poluído por concessões, apadrinhamento e fisiologismo”. (Jack Welch, Chairman da General Electric)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quem será a bola da vez?

PEC 37
O jornalista Arnaldo Jabor classificou a PEC 37 como "um dos piores perigos para a democracia Brasileira", que impediria a investigação e a punição de "toda essa epopéia de vagabundagem e roubalheira que infesta o Congresso Nacional". "Se aprovada, o pior pode acontecer, estamos na rota do fracasso histórico” disse Jabor.
Jabor também citou o objetivo de impedir o Ministério Público de responsabilizar agentes do Estado por negligência e incompetência, além de impedir o congelamento dos bens dos malfeitores. "Há uma união nacional de canalhas em torno dessa emenda", enfatizou.

Roubalheira
- "Querem criar o paraíso da roubalheira, os canalhas poderão roubar e proibir investigações, seria o paraíso da roubalheira".
- Na verdade caro colega já vivemos no pais da roubalheira.
 A PEC 37 “reduziria a eficácia do combate ao fenômeno da criminalidade, além de ser contrária ao interesse público e à ordem constitucional vigente”.

Censura
A PEC 37 prevê a alteração da Constituição Federal para assegurar somente às polícias a competência para conduzir investigações criminais. Dessa maneira, o texto afetaria a titularidade da ação penal reservada ao Ministério Público. De acordo com os procuradores do Ministério Público Federal, com a PEC 37, até mesmo jornalistas investigativos e o próprio cidadão ficarão impedidos de levar provas de crimes ao conhecimento do Ministério Público, uma vez que a PEC 37 proíbe o uso judicial de provas colhidas por outras autoridades que não a policial.

OPERAÇÃO DOMINÓ

Quem não se lembra da operação dominó desencadeadas por esses importantes órgãos em Rondônia, para desarticular uma organização criminosa que agia na Assembléia Legislativa de Rondônia que desviava milhões dos cofres publico com envolvimento de agentes dos três poderes e que culminou com a prisão do presidente do Tribunal de Justiça desembargador Sebastião Teixeira Chaves, e o presidente do poder legislativo estadual José Carlos de Oliveira?

TERMÓPILAS
Em novembro de 2011 a “Operação Termópilas” desarticulou uma quadrilha liderada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Valter Araújo, e levou à prisão o secretário da Saúde José Batista. Segundo a Polícia Federal o nome da referida operação foi escolhido em alusão a Batalha de Termópilas, ou seja, um confronto travado entre espartanos e persas.

OLIMPO
Em novembro de 2012, a prefeitura de Alvorada do Oeste foi alvo da “Operação Olimpo”, com investigação de 37 suspeitos e decretação de 10 prisões e 23 medidas cautelares.

LUMINUS
Em dezembro de 2012, Foi deflagrada a operação pelo Ministério Público Estadual com apoio do Tribunal de Contas Estadual e das polícias Civil e Militar a operação Luminus", numa alusão à destinação dos recursos, que seriam usados na iluminação das ruas de Porto Velho. Além de Rondônia, os mandados foram cumpridos na Bahia, no Ceará, Espírito Santo, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, no Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, e São Paulo.

8666
Em maio deste ano, em Guajará-Mirim, foi deflagrada a “Operação 8666”, visando os desvios de recursos públicos por meio de fraudes em licitações. Esta operação está relacionada a desmandos dos recursos de reforma do posto de saúde Carlos Chagas e a construção de creche municipal. E foi assim denominada em alusão à lei que normatizou as licitações e os contratos para obras e serviços públicos.

ALVO RO
Em um ano e meio, três operações de combate à corrupção foram deflagradas em Rondônia. A integração entre as instituições de combate à corrupção tem se consolidado, em especial ao crime organizado que vem dominando o poder público. O Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Controladoria Geral da União, Receita Federal, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas da União, a Polícia Federal e a Polícia Civil trabalharam de forma integrada. O crime se organizou e o estado também está se preparando para enfrentar esta realidade.

NOVA OPERAÇÃO
Há comentários de que “uma nova operação”, semelhante às que já ocorreram estaria para acontecer em Rondônia. Isto vem mexendo com os nervos de algumas autoridades e políticos. Comenta-se que a bola da vez seria o minúsculo município vizinho da capital Candeias do Jamari, isso devido os rolos que vem acontecendo naquela prefeitura. Isso deve deixar os forasteiros de cabelo em pé.

Eu fico imaginando como seria o nome desta operação em Candeias do Jamari: poderia ser “Operação Lamparina” - em alusão ao sinônimo de Candeia ou seria “de bandeja” em referência ao ex-prefeito Lindomar “Garçon”, vamos esperar pra ver. 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

No Congresso Nacional, cidadãos suspeitos abusam da paciência de um povo tolerante com políticos bandidos



Com um terço de seus parlamentares acusados criminalmente, o Congresso de Renan e Henrique dá sinais de preferir a imundície ao asseio das normas impostas pela moralidade pública

­­Sintomático que o presidente do Senado, José Sarney, tenha proibido a manifestação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), convocada por várias entidades e apoiada pelo Congresso em Foco. Os manifestantes pretendiam fazer ontem a lavagem simbólica da rampa do Senado para expressar a indignação que levou, até o momento em que é publicado este texto, mais de 250 mil brasileiros a subscrever o abaixo-assinado contra a volta de Renan à presidência do Senado. O problema é que limpeza é algo que não combina muito com o Congresso. Nas últimas duas décadas, ele proporcionou seguidas demonstrações de afronta aos cidadãos que custeiam suas bilionárias despesas (perto de R$ 8 bilhões no ano passado): escândalo do orçamento em 1993, compra de votos para aprovar a emenda da reeleição em 1997, violação do painel em 2001, mensalão em 2005, sanguessugas em 2006, farra das passagens e atos secretos em 2009... a lista é infindável. Mas sempre pode ser enriquecida, aumentando o tamanho dos golpes contra a cidadania, prova agora o processo em curso de eleição das Mesas do Senado e da Câmara. Estamos diante de uma daquelas tristes situações que nos levam a constatar que, em se tratando do Congresso brasileiro, sempre é possível piorar.
Exemplar é o caso de Renan
Na iminência de receber a maioria folgada de votos dos seus pares, foi até agora incapaz de esclarecer as denúncias que, seis anos atrás, o obrigaram a renunciar à presidência do Senado para preservar o mandato de senador.
Reconduzir Renan ao posto, antes de eliminar todas as dúvidas quanto à sua conduta, põe sob suspeita todo o Legislativo. Um poder que já apresenta um gigantesco passivo no que se refere ao “controle interno” dos seus integrantes e das suas ações. E daí? O Congresso, que tem um terço de seus parlamentares às voltas com acusações criminais, continua a dar sinais de preferir a imundície dos chiqueiros ao asseio das normas impostas por aquilo que, algo pomposamente, poderíamos chamar de moralidade pública.
Com menos pompa, poderíamos dizer que se espera
atenção a pelo menos duas normas básicas:
1 - não roubar o dinheiro dos contribuintes; e,
2 - investigar ou colaborar com a investigação de crimes contra a administração pública, sobretudo quando os acusados forem deputados e senadores.
Oposta é a regra que prevalece no Congresso
­­Ali, cidadãos sob suspeita gozam de proteção oficial, tapinhas solidários nas costas, carro e despesas pagas pelo erário, e abusam da paciência de um povo que demonstra excessiva complacência em relação a políticos bandidos. Desfilam pelos corredores do Legislativo desde políticos condenados a prisão até a espantosa figura de Paulo Maluf, alvo de um mandado da Interpol que lhe impede de pisar em qualquer outro país do mundo, sem ir imediatamente para a cadeia, mas que pode, legalmente, ser deputado no Brasil. A precária mobilização popular, muito aquém do tamanho dos desaforos que o Parlamento tem metido pela goela abaixo da sociedade, contribui para o escárnio não ter fim. Apoiado por todos os grandes partidos, inclusive da oposição, é dado como favorito na disputa da presidência da Câmara outro político sob fortes suspeitas, o atual líder peemedebista, Henrique Eduardo Alves (RN).
Questionados sobre possíveis desvios de conduta,
ele e Renan reagem de modo semelhante
Ignoram a denúncia, ao mesmo tempo em que instruem adversários a atribuir os graves questionamentos que lhes são feitos a meros preconceitos contra nordestinos. Esta, aliás, é uma das imbecilidades preferidas da meia dúzia de militantes pró-Renan que nos últimos dias tenta infestar este Congresso em Foco com centenas de comentários, invariavelmente usando nomes falsos e termos ofensivos.
Como não há limites para o abismo moral, o PMDB, outrora valente combatente da ditadura e hoje confortável abrigo para novos e velhos suspeitos, prepara-se para eleger como líder outro parlamentar sob investigação, Eduardo Cunha (RJ). Também deve explicações à Justiça seu rival na disputa, Sandro Mabel (GO).
Em comum a Renan, Henrique, Eduardo Cunha e Mabel, a facilidade com que se aliam aos governos de plantão, sempre multiplicando os instrumentos a serviço de um tipo de política que, definitivamente, não cheira bem.
O Congresso em Foco sente-se no dever de manifestar perplexidade diante de tudo isso e se colocar à disposição dos brasileiros que pretendem ver um Congresso radicalmente diferente. Afinal, fazemos jornalismo na esperança de contribuir para as coisas mudarem para melhor – não para pior.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Recesso parlamentar, e férias escolares, empresariais, e trabalhistas são para pensar


Recesso parlamentar é o período em que os parlamentos não funcionam, no Brasil, um equivalente para os integrantes do Poder Legislativo às férias a que têm direito os trabalhadores de um modo geral. Até o Escândalo do Mensalão, os parlamentares federais tinham direito a 90 dias de férias e a salário em dobro, caso houvesse uma convocação extraordinária; foi então aprovada, por pressão da opinião pública, uma emenda constitucional, que reduziu os períodos de recesso para no máximo de 55 dias ao ano, divididos em dois períodos - como no calendário escolar. Em âmbito federal, a Constituição prevê dois períodos de suspensão dos trabalhos legislativos: de 23 de dezembro a 1º de fevereiro e de 17 a 31 de julho. Esta limitação constitucional obriga o teto máximo de 55 dias aos parlamentos federais (Câmara dos Deputados e Senado), Assembléias estaduais e as Câmaras de vereadores.
Paralelamente o ano letivo ou ano acadêmico se refere ao período do ano no qual são desenvolvidas as atividades escolares. No Brasil, o ano letivo da educação básica tem a duração de 200 dias, distribuídos nos meses de fevereiro a dezembro, com férias escolares em julho e janeiro. E, o ano letivo do ensino fundamental e ensino médio é geralmente subdividido em quatro bimestres letivos. No Ensino Superior, o ano acadêmico é organizado em base semestral.
Mas, para refletir...
Como diz o administrador de empresas Stephen Kanitz, "Férias são uma conquista sociologicamente estranha, porque criam e perpetuam a idéia de que no
Brasil se ganha sem ter de trabalhar".
Nem todos os países dão férias de um mês inteiro, como acontece no Brasil. Na China, trabalha-se todo dia, sábados e domingos inclusive, com apenas duas semanas de férias por ano, e olhe lá. Férias são consideradas no Brasil uma conquista social. Uma conquista sociologicamente estranha, porque cria e perpetua a idéia de que no Brasil se ganha sem ter de trabalhar. Perpetua a visão romântica de que alguém lhe pagará para ficar em casa fazendo nada. Nossos economistas, pelo menos aqueles que assessoram nossos políticos na feitura das leis econômicas, ainda não perceberam que o salário é a remuneração do trabalho. Empresas pagam férias com a venda dos produtos fabricados pelos funcionários nos onze meses anteriores. Para nós, administradores, não faz o menor sentido empresários ficarem "devendo" férias a seus funcionários. O economicamente correto seria pagar pelo valor produzido a cada mês que passa.
“Ou seja, o lógico seria aumentar em 8% os salários imediatamente, nada de ficar devendo "férias" a pagar onze meses depois. Trabalhou, ganhou. Quem quiser tirar um mês de férias que o faça, sem ganhar nada em troca. Férias continuariam sendo um direito, o direito de você decidir ficar em casa fazendo nada, ou não.
30% do ano sem trabalhar – um luxo
Empresários, agricultores e executivos raramente tiram um mês de férias, às vezes nem sábados ou domingos. Obstetras e pediatras nem podem pensar em tirar férias, muito menos sábados e domingos. Nossos antepassados não tiravam férias, nem sabiam o que eram sábados ou domingos, tinham de caçar um leão todo dia.
Somando sábados, domingos e feriados, temos 110 dias sem trabalhar por ano, o que representa 30% do ano. É praticamente um dia de feriado para cada dois dias de trabalho. Se incluirmos o mês de férias, chegaremos a praticamente 40% do ano sem trabalhar. Para um país que ainda não consegue produzir o mínimo necessário, ficar 40% do ano parado é um luxo que nem toda família brasileira pode justificar.
Quem paga
Não podemos esquecer que o governo taxa praticamente 50% do que produzimos, especialmente dos mais pobres, o que significa que, dos 250 dias que de fato trabalhamos, só sobram 125 dias para sustentar a família. Um pai com quatro filhos e esposa tem de sustentar cada um pelos 365 dias do ano com somente vinte dias de trabalho. Não há pai de família que agüente! Significa viver 100% do ano com somente 6% de sua renda.
A maioria dos funcionários em férias acaba, por falta de dinheiro, fazendo bicos, trabalhando como pintor, diarista e fazendo biscates por aí. Para os que precisam de dinheiro, teria sido melhor ficar trabalhando na própria empresa, onde são muito mais produtivos com a máquina, o capital e a organização reinante.
Conquista social?
Existe um lado ainda mais nefasto dessa "conquista social": férias obrigatórias forçaram nossos empresários a criar sistemas administrativos em que cada funcionário é substituído um mês por ano. Nossas empresas foram literalmente obrigadas a criar uma "força reserva de trabalho".
O que significa que, na hora de pedir um aumento, a companhia já tem alguém treinado para substituir você, e fica difícil negociar um salário melhor nessa situação. Por isso, nenhum empregador treme nas bases quando você pede aumento, ele já tem um substituto treinado.
- "Na próxima vez em que você tirar férias, lembre-se de que seu assistente está se esforçando ao máximo para ficar com seu emprego, para sempre", aconselha o bem sucedido pensador empresário Stephen Kanitz.

Férias, eu? Nem pensar.

terça-feira, 12 de junho de 2012

TRANSITO - Somos mal-educados e incompetentes; e o nosso trânsito é prova disto


Edilson Neves

Se estamos a pé, corremos o risco permanente de sermos atropelados atravessando a rua, mesmo tendo a preferência, ou na calçada, porque o meio-fio não é capaz de segurar um automóvel desgovernado.

Em situações nas quais qualquer cidadão minimamente educado pisaria no freio, nós buzinamos. Buzinamos para xingar, reclamar, desabafar, dar bronca nos outros motoristas... Mas não saímos pela rua gritando com os outros se notamos que fizeram algo errado. Afinal, seria coisa de gente mal educada, onde já se viu fazer escândalo por aí?
A falta de educação de um cidadão pode ser observada pelo seu comportamento.
- E como falta educação ao cidadão motorista de nossa cidade! Se pararmos um pouco para observar o trânsito em Porto Velho, capital rondoniense, veremos que são pouquíssimos aqueles que respeitam as leis de trânsito.

Num dia destes, eu estava parado num estacionamento de supermercado aguardando uma vaga de um cliente que estava saindo, e, de repente entrou um motorista mal educado e estacionou na vaga que eu estava aguardando. Buzinei, buzinei, mas não teve jeito.
Num outro dia estacionei em frente ao Mercado Central, e ao meu lado estava um motorista aguardando uma vaga que estava sendo desocupada; de repente encosta um carrão e simplesmente toma a frente e estaciona na vaga do motorista que estava esperando. Eu fiquei indignado, vendo aquela cena, e tentando ver a cara do/a motorista, mas, não dava pra enxergar porque o vidro era escuro (fumê). Mesmo assim, fiquei esperando que ele descesse do carrão. O motorista enganado, indignado buzinou, buzinou e nesse caso ele teve sorte porque o motorista mal-educado retirou o carro e estacionou em outra vaga.

O mais curioso ainda estava por vir. De longe, eu fiquei olhando pra ver quem era aquela pessoa tão mal educada, até que, enfim, ela desceu do carrão, quando eu vi fiquei mais impressionado ainda. Era uma desembargadora do Tribunal de Justiça. Pensei “estamos perdidos”.

O desrespeito aos pedestres é algo gritante em nosso município.
Parar na faixa de pedestres, aqui, é um risco muito grande para o motorista que respeita o trânsito, e, mais, ainda, para os pedestres. 

Afinal, de quem é a culpa por tais atitudes?
A meu ver, os primeiros culpados são os centros de formação de condutores (auto-escolas) que, em sua totalidade não têm profissionais qualificados para ensinar corretamente àqueles que querem tirar sua carteira; em segundo, vem o DETRAN, que libera habilitações sem maiores critérios, colocando nas ruas motoristas e pilotos sem o mínimo de preparo; e, em terceiro lugar, os guardas municipais de trânsito que, aqui, em nossa cidade só servem, mesmo, para aplicar multa. Não devemos, nem mesmo, chamá-los de guardas de trânsito, e, sim, de fiscais de multas, porque esses devem receber seus “proventos” por multas aplicadas - é uma loucura!  Aplicar multas virou uma nova fonte de renda da administração municipal.

Vemos coisas absurdas no trânsito da nossa capital: motoristas e motociclistas imprudentes temos aos montes. E, particularmente, os moto-taxistas. Isso, a cada dia, tem se tornado mais perigoso, tanto para eles mesmos, quanto para os condutores e pedestres. Ultrapassar pela direita, por exemplo, é muito comum se ver.  Não sou contra os moto-taxistas, porém a falta de responsabilidade da maioria desta classe está ficando insuportável - os acidentes são diários e muitas vezes com vítimas fatais.
Multar simplesmente não resolve o problema. Deveriam ser criadas leis mais duras, que punissem os infratores de modo exemplar, pois quem dirige com irresponsabilidade não pode simplesmente sair por ai dentro de um carro ou em cima de uma moto pondo em risco a sua vida e a vida de outras pessoas.

- Mas, enquanto houver impunidade, e desobediência daqueles que deveriam servir de exemplo, a população vai continuar penando.

- "Esses problemas que enfrentamos no trânsito são culturais, infelizmente, Isso só vai mudar com muita educação e conscientização".