terça-feira, 14 de junho de 2016

O Coronel de Barranco e o Boi

O Partido Social Democrata Cristão, dirigido no Estado de Rondônia pelo empresário Edgar Nilo Tonial, mais conhecido como Edgar (do Boi), causou uma situação no mínimo constrangedora ao deputado estadual Ezequiel Júnior (PSDC).
Irresponsável
Numa atitude unilateral, desleal e arbitrária, o presidente regional do PSDC, Edgar do Boi, destituiu a atual direção municipal de Machadinho sobe o comando do deputado estadual Ezequiel Junior, e passou para o ex-deputado estadual Neodi Carlos.
É claro que Ezequiel não gostou nadinha da atitude irresponsável de Boi. Entregar o diretório municipal para seu adversário político em um ano eleitoral e às vésperas da eleição para prefeito e vereadores, já que o deputado preparava nominata forte para a disputa.
Ezequiel está estudando medidas legais para deixar a agremiação e posteriormente, optar por uma nova sigla partidária visando às eleições de 2018.
Estatuto
Não há uma explicação que justifique o comportamento arbitrário de Edgar do “Boi”, já que no parágrafo 6º do Estatuto, diz que a dissolução de um diretório ocorrerá mediante decisão da maioria absoluta de seus membros e quando por deliberação de diretórios, mediante a presença mínima de Membros Titulares, conforme estabelecido no parágrafo 4° do artigo 69° deste Estatuto, adotando-se a decisão por maioria dos membros presentes e deverão às razões da destituição, ser registradas na Ata da reunião em que ocorre a deliberação, que não aconteceu.
Diz, ainda, que o órgão partidário, cuja dissolução será examinada, e, será dada ciência ao órgão destituído, por escrito, dentro do prazo de 72 horas, contado do dia subseqüente ao da destituição, contendo na comunicação os fundamentos estatutários da destituição, coisa que não aconteceu.
Perseguição
Só há uma explicação para o comportamento do ex-deputado Neodi e Boi: o deputado Ezequiel Júnior tem contribuído muito com os municípios do Vale do Jamari, a forma como está trabalhando, e, vem refletindo muita satisfação junto aos milhares de cidadãos de Machadinho e região, beneficiados com, varias proposituras apresentadas no Parlamento Estadual e vem fazendo história na política rondoniense, especialmente em Machadinho, atuando diretamente em defesa dos menos favorecidos, na busca de saúde e educação de qualidade; e no fortalecimento do setor produtivo, e, uma melhor partição de recursos com os municípios.
Proibição
A ponto de ser considerado uma nova liderança no município e região, isso tem incomodado e muito o ex-deputado. Dizem, até, que Neodi teria proibido Ezequiel de dar entrevistas em uma rádio de sua propriedade e depois teria proibido que vereadores entrevistados falassem o nome do deputado Ezequiel. Achando pouco, Neodi, ainda, abriu espaço, na radio, para o deputado Saulo Moreira, que é da região de Ariquemes para atrapalhar Ezequiel em Machadinho.
Dou “um boi” para não entrar numa briga...
Massacrado por Neodi, e, sem espaço, Ezequiel conseguiu colocar um programa na Rádio Comunitária de Machadinho e demitiu de seu gabinete todos os funcionários indicado pelo Neodi.
O próximo passo deverá ser sair do partido; não há mais possibilidade alguma de permanecer na legenda, afinal, agora ele é um deputado que não manda nem no diretório municipal de sua base eleitoral, e, tem mesmo que procurar outro ninho, e sair do curral dos ruminantes.
Dou uma boiada para não sair...
O velho hábito sujo e sorrateiro utilizado por velhos caciques que querem se perpetuar no poder, a cada dia fica mais evidente que precisamos urgente de uma reforma profunda na política e no sistema partidário. Grande parte dos políticos está contaminada pelo vírus da corrupção, e que há, quase sempre, bois na historia: algo ou alguém tentando tirar proveito de alguma situação. Esses bois são nocivos, e podem tentar inviabilizar as ações de alguém bem intencionado.
Infelizmente, na política, certas propriedades físicas fazem com que cifrar informações seja mais fácil que decifrá-las.
Irresponsabilidade
A história se repete; só que, agora, a mando do seu coronel de barranco que, enciumado, armou todo esse cenário de irresponsabilidade, deixando o deputado insatisfeito com o presidente regional e a legenda.
- “O partido já perdeu a deputada estadual Glaucione Rodrigues (Cacoal), que aproveitou a “janela” aberta no início do ano e se picou. Filiou-se ao PMDB, e agora o PSDC deverá perder Ezequiel Júnior, e, ficar sem representatividade na Assembléia Legislativa”.
Relembrando os fatos
Há algum tempo, o deputado Neodi Carlos (PSDC) andava brigado com o presidente regional Edgar do Boi. Neodi estava insatisfeito com o método irresponsável de o presidente administrar o partido.
- “Na época, Neodi afirmou que o PSDC se tornou um partido de aluguel e citou episódio constrangedor acontecido nas cidades de Buritis e Vale do Paraíso e Pimenta Bueno - este último município onde foi contrariada a decisão de Brito de INCRA, uma das grandes lideranças da região e que teve mais de 13 mil votos”.
Essas mudanças, segundo o deputado, aconteceram às vésperas das eleições, num sinal de total desrespeito com seus militantes.
Para o deputado Neodi, na época, o PSDC servia, apenas, para atender os interesses particulares do presidente regional, Edgar do Boi.
- “Ele costuma tomar decisões isoladas sem consultar a base do partido nos municípios, desrespeitando o posicionamento das bases”, disse Neodi.
Frustração
Na época, o parlamentar lembrou que, ao ingressar no PSDC, várias lideranças políticas o seguiram, se filiando ao partido, otimistas com uma nova forma de fazer político.
- “Quando chegaram as eleições, vereadores e lideranças políticas ficaram em situação totalmente constrangedora. O Edgar do Boi se julga dono do partido”, afirmou, na época, Neodi.
Partido de Aluguel
“Isso se deve à forma irresponsável como o presidente Edgar do Boi vem conduzindo o partido, em Rondônia, tirando a sigla dos trilhos da democracia, e da transparência, atendendo simplesmente os seus interesses”. Como já disse o próprio Neodi, “o PSDC se tornou um verdadeiro partido de aluguel”.
Futuro do Boi
Como diz o velho ditado, “jamais confie em animal que tem chifres, certeza que uma hora ele vai te chifrar”.
Ele tem vários motivos para não honrar o que diz, afinal, é um ruminante não tem raciocínio é um inocente. E, o pior é que, ele se acha o maioral do curral - não tem hombridade de expulsar do pasto aqueles que, sempre, o prestigiaram, mas que ele não o valoriza; mas sabemos que no fundo vive mendigando os fiapos de capim que caem da boca de seus colegas ruminantes.
- “Que futuro terá o boi, traidor que chifra pelas costas aqueles que sustentam a fazenda?” Friboi...
- Muita calma nessa hora; é possível combater o mal e mandar os bois pastarem!

*(Edilson Neves, jornalista, diretor e Editor do Jornal Correio de Notícias de Rondônia/Registro DRT/0001047/RO)

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